O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da China, Xi Jinping, firmaram um acordo histórico que reduz as tarifas médias sobre produtos chineses para 47% e suspende restrições chinesas à exportação de terras raras, além de retomar compras de soja americana e reforçar o combate ao tráfico de fentanil. A medida, assinada na Coreia do Sul, encerra meses de tensão e promete aliviar pressões sobre as cadeias globais de suprimentos, especialmente nos setores de tecnologia e manufatura. Especialistas apontam que o entendimento traz estabilidade temporária ao comércio mundial e reduz a volatilidade dos mercados.
Para o Brasil, o acordo pode gerar efeitos mistos. A volta da China ao mercado de soja dos EUA tende a reduzir a demanda pelo grão brasileiro, pressionando preços e exportações. Por outro lado, o país pode se beneficiar com o fortalecimento do comércio de minerais estratégicos, como as terras raras, área em que o Brasil ocupa a segunda maior reserva mundial, mas ainda carece de tecnologia para o refino. A trégua entre Washington e Pequim também contribui para a estabilização do comércio global, o que pode favorecer o Brasil como exportador, embora o aumento da concorrência norte-americana em produtos agrícolas e industriais represente um desafio.
Fonte: G1




